Futebol e política sempre tiveram uma relação mais próxima do que muitos imaginam. O futebol é muito mais do que apenas um jogo. Ao longo da história, diferentes grupos usaram o esporte como ferramenta de propaganda, símbolo de resistência e instrumento de mobilização social.
Em várias épocas e contextos políticos, o futebol e a política se entrelaçaram: o esporte mais popular do mundo dialogou com regimes autoritários, impulsionou movimentos democráticos e acompanhou grandes transformações sociais.
Nesta linha do tempo, você confere episódios marcantes em que o futebol e a política se cruzam, revelando como o esporte reflete — e influencia — o cenário político global.
1934 – Copa do Mundo na Itália e o Fascismo
A segunda edição da Copa do Mundo aconteceu em plena ascensão do fascismo na Europa. Benito Mussolini, líder do regime italiano, viu no torneio uma oportunidade para promover a ideologia fascista e exaltar a superioridade nacional.
Ao sediar a Copa de 1934, a Itália usou o evento para projetar uma imagem de força e organização. O regime explorou a vitória italiana para afirmar a superioridade do sistema político liderado por Mussolini.
Mais do que um torneio esportivo, a Copa se transformou em um espetáculo cuidadosamente planejado para reforçar ideais nacionalistas. O sucesso em campo alimentou o discurso fascista, que buscava exaltar a identidade italiana diante da comunidade internacional.
O uso do futebol como ferramenta ideológica abriu caminho para a politização de grandes eventos esportivos, como ocorreria dois anos depois nas Olimpíadas de Berlim, sob o regime nazista.
1943 – A goleada histórica e a ditadura de Franco na Espanha
Em 13 de junho de 1943, o Real Madrid goleou o Barcelona por 11 a 1 nas semifinais da Copa del Generalísimo, torneio criado em homenagem ao ditador espanhol Francisco Franco.
A goleada entrou para a história como um dos jogos mais polêmicos do futebol, não apenas pelo placar, mas também pelo contexto político. Jogadores do Barcelona relataram que as autoridades franquistas os ameaçaram, insinuando que não conseguiriam garantir sua segurança durante a partida em Madrid.
O episódio se tornou símbolo da rivalidade política entre o regime centralizador de Franco e o regionalismo catalão, intensificando o confronto entre os dois clubes.
1950 – O Maracanazo: A Derrota que abalou o Brasil
A final da Copa do Mundo de 1950, entre Brasil e Uruguai, no recém-inaugurado Maracanã, representou muito mais do que um jogo de futebol — marcou um momento decisivo na história política e emocional do país. Em um Brasil que buscava se afirmar como uma democracia moderna após anos sob o regime de Getúlio Vargas, o governo usou a Copa como vitrine para exibir ao mundo a força e o progresso da nação.
Políticos aproveitaram o torneio para se promover e transformaram a seleção em símbolo do novo Brasil. O Maracanã, maior estádio do planeta à época, simbolizava essa ambição nacional. A derrota inesperada para o Uruguai, no entanto, feriu profundamente a autoestima do povo brasileiro e frustrou o projeto simbólico de afirmação nacional. O “Maracanazo” exibiu o peso político e social do futebol, revelando como o esporte reflete as esperanças, tensões e fragilidades de uma nação inteira.
Esse evento continua sendo um marco na história do futebol brasileiro, não apenas pela dramaticidade esportiva, mas também pela forte ligação com o contexto político e social da época. O episódio ilustra o poder do futebol como reflexo das dinâmicas políticas do Brasil na década de 1950.
1953 – Caso Di Stéfano: Interferência política no futebol espanhol
A disputa entre Barcelona e Real Madrid pela contratação do craque argentino Alfredo Di Stéfano, em 1953, se tornou um exemplo emblemático da interferência política no futebol durante o regime de Francisco Franco.

Teoria da conspiração ou não, o episódio envolve rumores sobre a relação próxima entre o ditador e o presidente do Real Madrid, Santiago Bernabéu, além de possíveis interferências da federação espanhola em favor do clube madrilenho. Alegações indicam que representantes do Barcelona agiram como “agentes duplos”, sabotando o próprio acordo.
O desfecho da negociação — com Di Stéfano indo para o Real Madrid — causou tamanha polêmica que forçou a renúncia do presidente do Barcelona da época, Marti Carreto. Até hoje, muitos veem esse episódio como um símbolo de como interesses políticos podem manipular o futebol, especialmente sob regimes autoritários.
1955-1966 – Anos dourados do Real Madrid: Símbolo internacional do regime franquista
Nas décadas de 1950 e 1960, o clube se associou frequentemente ao regime ditatorial de Francisco Franco, levantando questionamentos sobre a influência política em seu sucesso esportivo, período conhecido como os Anos Dourados do Real Madrid.
O franquismo, que reprimiu manifestações culturais das regiões separatistas como a Catalunha, usou o Real Madrid como instrumento de propaganda nacional e diplomática. Em 1955, premiou o clube com a mais alta condecoração do Estado.
A amizade entre Santiago Bernabéu e o ministro Agustín Muñoz, bem como a relação estreita entre militares e dirigentes do Real, evidenciava o alinhamento com o poder. Entre os doze presidentes da Federação Espanhola durante a ditadura, dez tinham ligações com clubes da capital, sugerindo um favorecimento institucional.
A contratação de Di Stéfano, a construção do estádio e até arbitragens polêmicas reforçam a tese de que o regime ajudou no crescimento do clube.
1962 – Bicampeonato e os jogos de poder no contexto político brasileiro
Na Copa do Mundo de 1962, disputada no Chile, o Brasil, com a mesma seleção campeã anterior, teve Aymoré Moreira como treinador, pois Feola estava doente. O cenário político brasileiro estava tenso após a renúncia de Jânio Quadros em 1961 e a crise sucessória que instaurou o Parlamentarismo. João Goulart, impedido de assumir, passou a ocupar a presidência temporariamente.
Quando a seleção viajou ao Chile em busca do bicampeonato, o clima político estava radicalizado, e uma vitória favoreceria Goulart. No entanto, seu inimigo político, Carlos Lacerda, também visitou a seleção antes da viagem.
Apesar da crise interna, os jogadores viveram a Copa com entusiasmo, e o futebol tornou-se um forte símbolo da identidade nacional. O Brasil venceu a Tchecoslováquia por 3×1 e conquistou o bicampeonato mundial no dia 17 de junho.
Na volta, os interesses políticos influenciaram as comemorações. Carlos Lacerda queria uma carreata no Rio, mas João Havelange atendeu ao pedido de Goulart e fez com que a seleção fosse recebida em Brasília primeiro.
Quando a seleção chegou ao Rio de Janeiro, Lacerda teve seus planos frustrados, pois a chegada aconteceu tarde. Embora o futebol fosse um poderoso elemento social, ele não conseguiu salvar o governo de Goulart, que foi deposto em 1964. A partir de então, o Brasil viveu sob regime militar durante as próximas Copas.
1964–1985 – Ditadura no Brasil: Copas dos militares
Durante a ditadura militar, o Brasil participou de cinco Copas do Mundo: 1966, 1970, 1974, 1978 e 1982. Em 1966, o governo tentou associar o possível tricampeonato à sua imagem, mas a eliminação precoce afastou o regime do fracasso.
Em 1970, no auge do autoritarismo, o governo explorou amplamente a conquista no México através da propaganda oficial. Vincularam a vitória à força e à ordem do regime.
As Copas de 1974 e 1978 também serviram para fins políticos, embora de forma mais discreta. Em 1974, trataram a campanha modesta com cautela. Já em 1978, apesar das suspeitas de manipulação na Argentina, o governo brasileiro destacou o desempenho da seleção como símbolo de competitividade nacional.
O governo usou a Copa para desviar a atenção da tortura e repressão. Durante esse período, a relação entre futebol e política visou legitimar o regime perante a população.
1969 – Guerra do Futebol (El Salvador x Honduras)
Em 1969, um dos episódios mais marcantes da história do futebol aconteceu entre El Salvador e Honduras: a Guerra do Futebol, também conhecida como a Guerra das 100 Horas. O conflito armado teve início após uma série de jogos eliminatórios para a Copa do Mundo de 1970.
As partidas entre as seleções agravaram as tensões políticas e sociais já presentes entre os dois países da América Central. Embora o futebol tenha sido o estopim, os reais motivos envolviam disputas territoriais e a migração em massa de salvadorenhos para Honduras.
Os jogos intensificaram o ressentimento nacionalista. Entre 14 e 18 de julho de 1969, o conflito militar resultou em cerca de 6 mil mortos, milhares de feridos, vilas destruídas e muitas pessoas desabrigadas.
A intervenção da OEA (Organização dos Estados Americanos) mediou o cessar-fogo e estabeleceu uma zona desmilitarizada em 1971. Esse episódio lembra como o futebol pode impactar a geopolítica internacional.
1982 – Democracia Corinthiana: Um marco da história do futebol brasileiro
Na década de 1980, o Corinthians, com Wladimir, Sócrates e Casagrande, protagonizou a histórica Democracia Corinthiana, um movimento que transformou a história do Brasil. Naquela época, o país ainda vivia sob o regime militar instaurado em 1964.
Wladimir, Sócrates e Casagrande destacaram-se como líderes politizados e influentes dentro do time. O elenco do Corinthians tornou-se um símbolo da luta dos brasileiros pela redemocratização do país.
A Democracia Corinthiana trouxe mudanças significativas para o futebol brasileiro, permitindo que os jogadores decidissem, por voto, questões como horários de treino e detalhes da concentração, algo que antes a diretoria e a comissão técnica decidiam.
A influência do Corinthians não se limitou ao campo esportivo. Durante esse período, as camisas do clube estampavam frases políticas, como “Diretas Já”, em um momento crucial, quando movimentos sociais buscavam o retorno da democracia no Brasil.
1986 – “La Mano de Dios” e a Guerra das Malvinas
A Guerra das Malvinas, entre Argentina e Reino Unido, deixou centenas de mortos e uma ferida histórica que persiste até hoje. Esse conflito refletiu no futebol, especialmente na Copa do Mundo de 1986, quando Diego Maradona marcou o gol conhecido como “La Mano de Dios” contra a Inglaterra, um momento considerado por muitos na Argentina como uma vingança pelas Malvinas.
Em 22 de junho de 1986, Maradona se tornou herói nacional, com 30 milhões de argentinos comemorando seus gols como momentos históricos. A tensão entre argentinos e ingleses já se mostrava evidente desde o sorteio dos grupos, com um possível encontro nas quartas de final sendo antecipado. Em 1982, a Inglaterra cogitou se retirar do torneio caso enfrentasse a Argentina, mas em 1986 o confronto foi inevitável.
Para os argentinos, a memória da guerra ainda estava viva, com 649 mortos em 1982, tornando o jogo mais do que apenas um confronto esportivo. A partida aconteceu com intensa carga emocional e um forte desejo de vingança.
1989 – Queda do Muro de Berlim e Hillsborough
A queda do Muro de Berlim e a tragédia de Hillsborough, embora sem relação direta, compartilham um contexto histórico comum em 1989, marcando o fim de uma era e o início de novas transições.
Em 15 de abril de 1989, na semifinal da Copa da Inglaterra entre Liverpool e Nottingham Forest, mais de 90 pessoas morreram e cerca de 700 ficaram feridas. O desastre começou após a abertura do Portão C, sem controle policial adequado, o que causou superlotação no túnel do estádio e resultou no esmagamento e asfixia das vítimas.
Inicialmente, as autoridades responsabilizaram os torcedores do Liverpool, alegando que fãs “bêbados” teriam causado o desastre. Em 1991, um julgamento concluiu que as mortes foram acidentais, mas, após décadas de pressão, uma investigação revelou falhas policiais como causas principais. Como resultado, as autoridades implementaram reformas significativas nos estádios da Inglaterra, incluindo a abolição das grades de separação, a expansão das catracas e a criação da Premier League, o campeonato de futebol mais rico do mundo.
Tanto a tragédia de Hillsborough quanto a queda do Muro de Berlim representam momentos-chave em seus respectivos campos, gerando mudanças profundas e duradouras na sociedade até hoje.
1990 – Fragmentação da Iugoslávia
A fragmentação da Iugoslávia intensificou-se após a morte de Josip Broz Tito em 1980, expondo tensões étnicas nos Bálcãs.
Em 13 de maio de 1990, no Estádio Maksimir, o clássico entre Dinamo Zagreb e Estrela Vermelha foi marcado pela violência entre as torcidas e pela agressão de Zvonimir Boban a um policial, simbolizando a divisão entre croatas e sérvios. O evento ganhou intensidade com os sentimentos nacionalistas, especialmente após a vitória de partidos separatistas nas eleições croatas.
A repressão policial, liderada por sérvios, e os confrontos no estádio representaram a resistência croata. Boban perdeu a convocação para a Copa de 1990, mas se tornou herói nacional e símbolo da luta pela independência.
O incidente prefigurou a Guerra da Iugoslávia, que teve início em 1991 com os referendos de independência da Croácia e da Eslovênia, seguidos de mais conflitos, como a Guerra da Bósnia e a Guerra do Kosovo.
2010 – África do Sul pós-apartheid recebe a Copa
Com o fim do Apartheid em 1991, a África do Sul iniciou um processo de reconciliação, e o esporte desempenhou papel fundamental nesse processo.
Nelson Mandela usou grandes eventos, como a Copa do Mundo de Rúgbi em 1995 e a Copa Africana de Nações em 1996, para unir brancos e negros em torno de um ideal comum.
Essa transformação culminou em 2010, quando a África do Sul sediou a Copa do Mundo da FIFA. Esse evento foi a primeira Copa no continente africano e simbolizou a superação do regime racista e a projeção de uma nova África do Sul ao mundo.
2014 – Brasil 1×7 Alemanha e a crise política
A derrota por 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014 não foi apenas um fracasso esportivo, mas também expôs uma série de problemas estruturais e políticos no Brasil.
O Mundial custou R$ 27 bilhões — dez a mais do que o previsto — e teve apenas 7% do investimento em estádios vindo do setor privado. As promessas de legado e infraestrutura foram frustradas por obras inacabadas, estádios abandonados e escândalos de corrupção.
Embora a goleada tenha ocultado temporariamente os erros da organização, o Brasil mergulhou em uma recessão histórica após o evento. A crise política e o aumento da violência agravaram ainda mais a situação, impactando o turismo e manchando o legado dos megaeventos esportivos.
2014 – Anexação da região da Crimeia (Ucrânia) pela Rússia
A anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014, afetou diretamente o futebol regional. Três clubes líderes da Ucrânia — SC Tavriya (atual TSK Simferopol), FC Sevastopol (atual SKChF Sevastopol) e Zhemchuzhina Yalta — foram incorporados à terceira divisão russa sem a autorização da FIFA ou UEFA.
A Federação Ucraniana de Futebol pediu sanções contra a Rússia, alegando violação das regras internacionais. A mudança resultou na alteração dos nomes, endereços russos e na inclusão de jogadores com cidadania russa.
A Rússia tratou a decisão como um assunto interno, interrompendo a boa fase dos clubes e encerrando os planos de uma liga conjunta entre Rússia e Ucrânia. A comunidade internacional não reconhece a anexação, e o futebol na Crimeia permanece como um ponto de tensão geopolítica no esporte.
2018 – Copa do Mundo da Rússia: Tensões políticas entre russos e ucranianos
Durante a Copa do Mundo de 2018, realizada na Rússia, as tensões políticas entre russos e ucranianos se intensificaram dentro e fora dos gramados. Após a eliminação da seleção russa nas quartas de final, o zagueiro croata Domagoj Vida disse a frase “Glória à Ucrânia” em vídeo gravado nos vestiários.
A saudação, usada por nacionalistas ucranianos e adotada oficialmente após a Revolução de 2014, foi interpretada como uma provocação pelas autoridades russas. Vida, ex-jogador do Dynamo de Kiev, foi advertido e multado pela FIFA, que considerou o ato político.
Esse episódio destacou como o futebol, mesmo em grandes eventos como a Copa do Mundo, não está imune a disputas históricas e territoriais — como o conflito entre Rússia e Ucrânia desde a anexação da Crimeia em 2014. A realização do torneio na Rússia evidenciou ainda mais o uso simbólico do esporte como instrumento de poder e identidade nacional.
2021 – Copa América no Brasil: polêmicas, pandemia e título histórico da Argentina
A Copa América de 2021, realizada no Brasil, foi marcada por polêmicas, críticas e os impactos da pandemia de Covid-19. O presidente Jair Bolsonaro autorizou a decisão de sediar o torneio, mesmo com mais de 460 mil mortes no país. Isso gerou desgaste político no Congresso e questionamentos no Judiciário.
Confirmada sob forte pressão, a competição foi sediada em caráter emergencial após a desistência de Colômbia e Argentina. Apesar de cogitarem não participar, os jogadores da seleção brasileira entraram em campo.
A Copa América enfrentou críticas devido à má organização, gramados em condições ruins e casos de Covid-19 entre jogadores e público presente na final. A Conmebol autorizou até 10% da capacidade no Maracanã, com exigência de distanciamento e teste negativo. No entanto, foram registradas aglomerações e denúncias de exames falsos. A Conmebol confirmou as fraudes e impediu o acesso de pessoas com testes falsificados.
A Argentina conquistou o título no Maracanã, dando a Messi seu primeiro título com a seleção, ao vencer o Brasil. A realização do torneio foi amplamente vista como um desrespeito às vítimas da pandemia, com comparações ao uso político do futebol durante a Ditadura Militar.
2022 – Copa do Catar e tensões geopolíticas
A Copa do Mundo de 2022, realizada no Catar, gerou intensas críticas sobre os direitos humanos no país. Desde que o Catar foi escolhido como sede em 2010, surgiram denúncias sobre o tratamento de mulheres, membros da comunidade LGBTQIA+, trabalhadores migrantes e jornalistas.
O Catar criminaliza relações homossexuais, e a comunidade LGBT enfrenta prisões e censura. Mulheres vivem sob o sistema de tutela masculina, o que restringe suas liberdades e decisões pessoais.
Trabalhadores migrantes, muitos oriundos do Sul da Ásia, sofreram condições extremas, com milhares de mortes registradas. Apesar das promessas de reformas trabalhistas, abusos continuaram. A FIFA foi pressionada a se posicionar sobre as condições de trabalho. Além disso, a seleção da Dinamarca planejou usar camisetas em apoio aos direitos humanos, mas foi impedida pela FIFA.
A decisão de realizar a Copa no Catar gerou controvérsias. Ex-dirigentes da FIFA, como Joseph Blatter, consideraram a escolha um erro. A realização do evento, em meio a essas questões, destacou as tensões geopolíticas e os desafios envolvendo os direitos humanos no contexto esportivo.
2022 – Invasão da Ucrânia e o banimento da Rússia
Em 2022, a Fifa e a Uefa suspenderam a Rússia devido à invasão da Ucrânia, deixando o país de fora das competições internacionais de futebol. A seleção russa foi proibida de disputar as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 e, consequentemente, o torneio.
Clubes russos, como o Spartak Moscou, também foram excluídos das competições europeias, incluindo a Liga Europa. A medida afetou todas as seleções do país, abrangendo categorias de base e o futebol feminino.
A relação entre futebol e política ao longo da história demonstra como o esporte pode ser um reflexo poderoso das tensões sociais, culturais e políticas de uma nação. Momentos que marcam não apenas a história do esporte, mas também a luta por liberdade, justiça e mudança social. O futebol, com sua universalidade, continua a ser um campo onde se cruzam emoções, conflitos e transformações que moldam a história mundial.
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